A BATALHA DE OUTUBRO
Dentro dessa grande nau Brasil
Vejo o aproximar da tempestade...
Preparem o barco contra o ataque vil
Da esquadra do atraso e iniquidade.
E o medo há de vencer a esperança?
As bombas têm poder destruidor.
Visam refazer velha aliança:
Restituir poder ao opressor.
E o opressor se alia aos estrangeiros
Que há séculos nos sangravam as riquezas,
Que querem só deixar aos brasileiros
O resto das migalhas de suas mesas.
O mesmo opressor nos traz má sorte:
Subjuga o povo e a terra em que nasceu
Aos interesses do hemisfério Norte,
Seja o americano ou o europeu.
E tem todo um arsenal à sua mão:
Cadeias de jornais, rádios, tevês
Metralham dia-a-dia o cidadão
Com o que eles querem fazer crer.
Que arma poderosa é a imprensa:
Constrói e desconstrói “realidades”
O preconceito é carga que não pensa
E explode com a maior intensidade.
O lobo esconde as garras e os caninos.
A mídia é o seu soldado mais leal.
E o soldo será pago com os saques
Àqueles que já sofrem tanto mal.
E jogam as cortinas de fumaça:
Escondem as conquistas sociais.
Milhões que ascenderam da desgraça
Não servem aos seus ideais.
O dia da batalha se aproxima...
Liberto ou ser cativo novamente?
Não cabe no limite dessas rimas
Dizer tudo que sinto, realmente...
Muito bom Dr. A beleza e a profundidade dos versos ficaram por conta das entrelinhas.
ResponderExcluirGilene.
Recado bem dado e de forma leve, sutil e poética.
ResponderExcluirVou fazer ctrl+c e ctrl+v no meu blog.
Parabéns.