Bullying: o agressor também é vítima?

Do blog Amantes do Direito  

Onde Vivem os Monstros

É fato que agressores e vítimas do bullying têm grandes chances de se tornarem adultos com comportamentos antissociais, ilícitos. O que desperta a atenção da sociedade para o tema. Ocorre que esta atenção deve ser diligente, entretanto, há poucas iniciativas antibullying.
É necessário que a sociedade reconheça a existência do bullying. Inclusive no ambiente familiar e escolar, onde há maior índice da prática do bullying.

Reconhecendo que o bullying existe é possível identificar e trabalhar a questão.
Importa ressaltar que muitos pais ficam preocupados se o filho está sendo vítima bullying na escola, mas nunca se preocupam se ele está sendo o agressor (apontamento do Dr. Lélio Calhau , especialista no assunto).Isto é um fato relevante.

Seu filho é um agressor? Não omita. A resposta à raiva é a escuta, o respeito, a empatia. O agressor precisa de tanta atenção quanto a vítima. Centre-se na criança e tome consciência do que se passa com ela, de suas necessidades, eventualmente do que provocou seu comportamento.

A estrutura familiar é o ponto. Não basta alimentar o quociente intelectual de uma criança, é preciso preocupar-se com seu quociente emocional. Possivelmente o agressor também é vítima. Muitos pais ignoram a idéia de que seu filho é um agressor. O que não pode ser ignorado é o motivo que dá origem a essa agressão.

O que a criança está querendo dizer? 
Por trás de um comportamento inadequado e excessivo há uma emoção que se encontra encoberta. A criança está pretendendo dizer alguma coisa.
É preciso escutar a necessidade da criança e providenciar meios de satisfaze-la.

Comentários

  1. A questão do filho ser o agressor é muito pouco abordada. Na verdade, é quase impossível para um pai reconhecer que seu filho está praticando o bullying. A divulgação desse "outro lado" não é apenas importante, mas essencial nessa campanha.

    Rafaela

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  2. Ótima reflexão! Os filhos devem ser prioridade na vida dos pais para que possam crescer saudáveis e felizes! Parabéns para o blog amantes do direito e à Michele pelo ótimo texto.
    Katia KCC

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  3. Caro Dr. Rosivaldo,

    Fico lisonjeada por ter um texto meu no seu blog.

    Abraço

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  4. Como disse a Katia KCC, um filho é tudo na vida de um pai, mas claro que este não consegue "adivinhar" o que se passa na cabeça do filho. Creio que vem de berço uma boa criação, os bons principio e também uma boa relação Pai-Filho, onde um sempre está aberto ao outro, nunca escondendo nada, sem mentira e intriga. Vejo que desta forma, com essa ligação íntima e profunda, ao passarem por certas situações, como no caso do bullying (agressor ou vítima) seria muito mais fácil a resulução do problema, isso se este viesse a ocorrer. O amor dado em casa é o maior remédio para prefenção de futuros "marginais".

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