Visita em Hora Inoportuna...
Numa das comarcas pela qual passei havia um antigo advogado militante na área que era um sujeito bonachão e folclórico, que todos do fórum gostavam.
Muitas vezes me visitava nos horários em que eu mais estava ocupado, despachando algo urgente – parece até que adivinhava –, para conversar amenidades. Para não ser descortês com o referido senhor, até porque confesso que queria bem a ele e achava engraçado aquele jeito atrapalhado de ser, ouvia uma ou duas piadas ou causos e depois pedia licença para retomar o trabalho. Ele compreendia e ia embora.
Certa tarde estava eu na sala de audiências que servia também de gabinete. Informaram-me que seria pauta cheia de interrogatórios. Dentro de meia hora se iniciaria o primeiro. Eis que o ilustre causídico entra e, ao contrário dos outros dias, tem um certo de ar de tristeza.
Mesmo sabendo que em breve teria que começar o trabalho, mas intrigado com aquilo e achando que ele estava a passar por algum problema, puxei assunto para amenizar. Conversamos um pouco. O papo rareou e o advogado calou-se, ficando por lá mesmo. Necessitando dos preparativos para dar início à pauta, dirigi-me a ele. E perguntei.
- Doutor Fulano, o papo está bom, mas infelizmente eu preciso decidir essa liberdade provisória e iniciar os interrogatórios dentro de quinze minutos, ok?
- Tá bem.
- Dirigindo-me ao servidor que me auxiliava nas audiências, questionei:
- Beltrano, o réu do interrogatório das duas horas já chegou?
O advogado dirigiu-se a mim e disse:
- Sou eu, Doutor... – com um sorriso amarelo.
Certa tarde estava eu na sala de audiências que servia também de gabinete. Informaram-me que seria pauta cheia de interrogatórios. Dentro de meia hora se iniciaria o primeiro. Eis que o ilustre causídico entra e, ao contrário dos outros dias, tem um certo de ar de tristeza.
Mesmo sabendo que em breve teria que começar o trabalho, mas intrigado com aquilo e achando que ele estava a passar por algum problema, puxei assunto para amenizar. Conversamos um pouco. O papo rareou e o advogado calou-se, ficando por lá mesmo. Necessitando dos preparativos para dar início à pauta, dirigi-me a ele. E perguntei.
- Doutor Fulano, o papo está bom, mas infelizmente eu preciso decidir essa liberdade provisória e iniciar os interrogatórios dentro de quinze minutos, ok?
- Tá bem.
- Dirigindo-me ao servidor que me auxiliava nas audiências, questionei:
- Beltrano, o réu do interrogatório das duas horas já chegou?
O advogado dirigiu-se a mim e disse:
- Sou eu, Doutor... – com um sorriso amarelo.
Tadinho!!! Ele saiu dessa? :)
ResponderExcluirAcho que deu prescrição. Era muito antigo.
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